Ciúme e inveja na empresa - entender para combater - Ciclo CEAP
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Ciúme e inveja na empresa – entender para combater

O ciúme e a inveja na empresa costuma ser o fator que mais prejudica a produtividade. 

Para falar da inveja e ciúme no ambiente de trabalho, primeiramente temos que fazer algumas considerações sobre estes dois sentimentos de uma forma geral.

O ciúme é um sentimento primário, que está presente em todos os seres que se relacionam de forma afetiva. Não escolhemos ter ciúme. Ele simplesmente acontece quando nosso objeto de afeto canaliza sua atenção para outra pessoa ou outra coisa. Pessoas têm ciúme, animais mais evoluídos também têm. O que diferencia um ciumento de outro é a intensidade e a forma como se lida com este sentimento. Como somos seres cognitivos e sociais, assimilamos a necessidade de domar os nossos impulsos primários, e podemos escolher racionalmente como nos comportar diante de um sentimento. Muitas vezes esta escolha sai do nosso controle e a manifestação do ciúme pode ser inadequada. Isto varia muito de pessoa para pessoa, e também do momento de vida e da maturidade de cada indivíduo.

Já a inveja é um sentimento mais elaborado. Ela aparece a partir de valores assimilados pelas pessoas.  Pode ser definida como o desejo de ser como o outro é, ou ter o que o outro tem.

Todos nós, seres humanos, já experimentamos este sentimento, que é natural e espontâneo.

Porém, a inveja pode ser classificada como produtiva ou destrutiva, dependendo de como a pessoa se posiciona diante deste sentimento. Podemos ter a inveja “do bem”, que é aquela que surge a partir de uma admiração por outra pessoa, que faz com que nos espelhemos nela como inspiração para nossos comportamentos. Queremos ser como ela em muitos aspectos, mas não queremos competir com ela. Queremos ter também algo que ela tem, mas não queremos tomar o que é dela.

Neste caso a palavra que define a inveja é a inspiração.

Porém podemos ter também a inveja “do mal”, que mobiliza sentimentos destrutivos. Neste caso a pessoa se ressente pelo que o outro é, pelo brilho que ele tem, pelos afetos que provoca e pelas coisas que possui. A pessoa não coloca o foco no próprio crescimento, mas na aniquilação do outro.

Neste caso a palavra que define a inveja é a destruição.

O ambiente de trabalho é um solo fértil para manifestação destes dois sentimentos por várias razões.
Por ser o centro da vida da maioria das pessoas, no trabalho vivenciamos nossas potencialidades, nossas habilidades, nossa vaidade, e também nossos medos e nossas fragilidades.

Pela grande competitividade, principalmente nos ambientes corporativos, a insegurança e a necessidade de apresentar os melhores desempenhos faz com que estes sentimentos se manifestem muito comumente na sua forma mais inadequada e destrutiva.

Isto costuma atrapalhar bastante o clima da organização, pois o foco sai da produtividade e do trabalho em equipe, e passa para a resolução de questões pessoais, muitas vezes sem fundamento, com prejuízo do bom andamento do fluxo dos processos.

Cabe ao líder da equipe lidar com estas questões com serenidade e assertividade.

O processo de conscientização sobre estes sentimentos pode ser a primeira chave para mudar o comportamento das pessoas, que muitas vezes funcionam no “piloto automático” em relação aos seus sentimentos. Na maioria das vezes os indivíduos não têm consciência do que está provocando um sentimento inadequado e ruim. Inevitavelmente é um pensamento recorrente, resultado de valores distorcidos e passíveis de revisão.

Todo sentimento vem de um pensamento e resulta em um comportamento, ou seja:

Pensamento gera Sentimento que gera Comportamento

Quando aprendemos a escolher nossos pensamentos, podemos direcionar os nossos sentimentos, o que resulta em comportamentos mais adequados para nossa vida e mais produtivos para a harmonia das nossas relações, sejam elas pessoais ou profissionais.

O trabalho do líder passa pelo processo do desenvolvimento da consciência e do auto conhecimento da sua equipe. Sentimento reconhecido compreendido e validado é sentimento passível de ser domado e adequado.

Enfim, um líder deve estar sempre atento para o seu próprio desenvolvimento para poder auxiliar a sua equipe nesta auto descoberta, que certamente formará pessoas melhores, mais adequadas e mais felizes.

Luciana Lemos

 Notícias sobre a retomada do crescimento sinalizam que o mercado voltará a contratar.

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