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Estresse? Mude o ponto de vista

Em situações estressantes, mude o ponto de vista

Interpretar a tensão como sinal de animação e não de ansiedade ajuda a melhorar o desempenho

janeiro de 2015
Tori Rodriguez
Joshua Resnick/Shutterstock

Coração acelerado, respiração descompassada, pensamentos a mil por hora – angústia, medo e tensão. Que nome tem essa sensação? Por mais estranho que possa parecer, nem sempre as pessoas se dão conta do que as aflige, em especial nos momentos de maior ansiedade, quando nos sentimos avaliados e tememos nos expor ao olhar alheio – ainda que uma parte de nós queira fazer isso. Estudos realizados na Universidade Harvard revelam que, ao interpretarem esses sentimentos como excitação em vez de ansiedade, as pessoas tendem a demonstrar mais competência em três tipos de situação estressante (propostos pelos pesquisadores): cantar na frente de estranhos, falar em público e resolver problemas difíceis de matemática.

Nos experimentos, alguns participantes foram instruídos a tentar se acalmar ou se animar antes da tarefa; outros não receberam nenhuma dessas instruções. Aqueles que se percebiam apenas empolgados não só relataram maior animação como também tiveram melhor desempenho que o restante em todas as tarefas: canto aproximadamente 30% mais preciso; pontuação cerca de 20% maior em um teste que avaliava diversas dimensões da capacidade de falar em público; e resultados, em média, 15% melhores em um exercício cronometrado de matemática, segundo artigo publicado em junho na Journal of Experimental Psychology. Outro estudo de Harvard, publicado na Emotion em agosto de 2014, também aponta efeitos positivos: pessoas com ansiedade social que encararam o estresse como útil se saíram melhor durante atuações em público.

Os autores do estudo observam que a maioria de nós tenta se acalmar diante de situações em que temos muito a perder, mas nem sempre conseguimos, e passamos um bom tempo ruminando sobre o que poderia dar errado. Em vez de disso, é mais eficiente nos concentrarmos nos potenciais pontos altos do cenário – por exemplo, focar divertir os colegas durante uma apresentação ou como resolver alguns problemas em um teste. “Sentir-se confiante de que as coisas irão bem reforça a segurança e a energia, além de aumentar as possibilidades de concretizar os resultados positivos que imaginamos”, diz a professora de administração de empresas Alison Madeira Brooks, da Escola de Negócios Harvard, autora do estudo.

Fonte: Mente e Cérebro

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