Os psicólogos forenses têm desempenhado vários papéis nos casos de violência doméstica e são especificamente solicitados a: descrever a natureza, frequência, gravidade de violência futura, fazer recomendações de intervenções em relação ao agressor e também à vítima e fazer predições sobre os resultados prováveis dessas intervenções. (Lvensky e Fruzzeti apud Huss 2011). Uma das técnicas para a avaliação da violência doméstica é a Escala de Tática de Conflito (CTS), que é um método que oferece itens e exemplos de vários comportamentos que ocorrem costumeiramente em ambiente familiar e objetiva colher dados sobre processos de agressão física através de categorias leve ou moderada, porém, recebe críticas por não abarcar todo contexto de incidentes agressivos.
Independentemente da causa ou das dificuldades precisas vivenciadas pela vítima como resultado do abuso, os psicólogos forenses são frequentemente convocados para avaliar a extensão de suas consequências. Além de usar entrevistas clinicas e medidas como a CTS, para avaliar as consequências psicológicas do abuso. (Lvensky e Fruzzeti apud Huss 2011).
O foco no tratamento das vitimas de violência doméstica se concentra frequentemente nas consequências da violência, em evitar a autoacusação e na instrução da vítima a respeito das opções disponíveis, tanto legais quanto de outros tipos. (Guyer apud Huss 2011).
As intervenções utilizadas para atenuar a incidência de violência doméstica são feitas com base na abordagem multimodal, que requer a utilização múltipla de abordagens, tais como: tratamento educacional e psicológico, intervenções baseadas na comunidade, intervenções da justiça criminal.
Nenhuma abordagem única será capaz de provocar mudanças consideráveis na eliminação da problemática, entretanto, uma abordagem integradora pode fazer a diferença na redução da violência na vida de milhares de pessoas.
Alex Barbosa Sobreira de Miranda – Departamento de Psicologia. Faculdade de Ciências Médicas. Universidade Estadual do Piauí (UESPI). Teresina, PI, Brasil
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