Entender o espírito da festa é meio caminho para entrar no clima de paz, encontro e renovação da data
Todo fim de ano, o mesmo estresse: shopping lotado, trânsito, preparativo de ceia, irritação. Você está sofrendo os sintomas que antecedem o Natal, uma síndrome contemporânea que atinge pessoas em todos os cantos do mundo, aonde a festa chega carregada despesas e dores de cabeça. É nessa hora que vale a pena tirar a lista de compras da frente e entender os significados mais originais dessa data.
Qual é a origem?
O Natal é herdeiro de uma homenagem ao deus Sol, que acontecia no hemisfério norte. Era um festa para marcar o solstício de inverno, quer dizer, o dia mais curto e escuro do ano, que cai perto de 22 de dezembro. Representava uma comemoração pela chegada da luz, pois depois daquela data os dias ficavam mais ensolarados. No fim do século 4, o papa Júlio I decreta o dia 25 de dezembro como data para celebrar o nascimento de Cristo.
A figura do Papai Noel só se integrou aos rituais depois. Veio de Nicolau, bispo da região da Turquia, que tinha fama de presenteiro. Depois, sua fama se espalhou pela Europa e ele virou santo. O nome Noel vem da expressão francesa usada para designar o Natal. Em Portugal, ele é Papai Natal. Em inglês, é Santa Claus. As roupas vermelhas e a carinha rechonchuda do bom velhinho se popularizaram graças à publicidade.
O sentido do Natal
Cada um de nós pode dar seu próprio sentido ao Natal. Quem vai negar a importância da renovação, do encontro com quem a gente gosta, da exaltação da paz? Pois esses são alguns dos significados do Natal, que às vezes se perdem no meio dos afazeres e da sensação de que não sabemos direito o que estamos festejando.
Esse sentimento de renovação fica ainda mais presente por conta do fim do ano, quando as pessoas fazem balanço de suas vidas. É hora de festejar o que deu certo, de fazer planos para o futuro, mas também de encarar perdas e frustrações com aquilo que não aconteceu como se desejava. Como as festinhas de Natal promovem o reencontro entre as pessoas e as famílias, essa revisão passa também pelas relações com os outros. O que não dá é para ficar feliz por obrigação, só porque o Natal simboliza a alegria.
Crie seu clima
Recorde a infância. Lembre-se do que você mais gostava nos Natais da sua infância e tente repetir o que traz boas lembranças.
Não se obrigue. Descubra do que você não gosta no Natal e evite. Não se obrigue a participar e fazer coisas que sejam desagradáveis.
Experimente experimentar. Reduza os gastos e convide outras pessoas a fazer o mesmo, buscando alternativas a despesas tradicionais. Será divertido experimentar algo mais criativo.
Deixe a culpa. Ao menos neste dia, você não é o responsável pela miséria do mundo, pelos desentendimentos da família, pela roupa que sua filha diz que não tem, por isso, por aquilo…
Dê vida às tradições. Considere as origens e tradições que fazem sentido para você, sua família ou amigos e vá fundo nesse resgate. Isso dará mais sabor a tudo.
Respeite sua vontade. Se você realmente não está a fim de Natal, diga para as pessoas que resolveu
fazer um retiro, que continua gostando muito de todos e vá.
Faça menos. Uma ceia não precisa ter dez pratos diferentes, para fazer sucesso. Um pequeno menu bem saboroso basta para uma noite e um dia seguinte de muitos prazeres à mesa.
*Dicas extraída do livro Descomplique Seu Natal, de Elaine St. James
Reportagem: Redação VIDA SIMPLES – Edição: Lígia Scalise