A partir do diagnóstico, a vida do paciente com Alzheimer sofre mudanças, e nem todos estão preparados para lidar com essa nova realidade. Os principais desafios enfrentados pelos familiares e profissionais de saúde, são a falta de conhecimento sobre a doença e a busca pelos cuidados necessários para tornar melhor a qualidade de vida do paciente. O psicólogo precisa ter mais informações sobre a doença, que transforma os sentimentos de todos os envolvidos, em busca de ajuda. Neste post, iremos fornecer algumas dicas de como lidar com pacientes com Alzheimer.
É uma doença neurodegenerativa, que causa o desgaste de algumas funções do cérebro, atingindo pessoas principalmente a partir dos 65 anos. Sua causa ainda é desconhecida, assim como a cura. Seu desenvolvimento possui quatro estágios. A primeira fase consiste em alterações graduais da memória de curto prazo, sendo possível identificar mudanças na noção de espaço do paciente. É neste período que a psicoterapia é recomendada.
Na segunda, os sintomas se intensificam, fazendo com que o paciente necessite de ajuda para algumas tarefas. É no terceiro estágio que a doença se agrava, afetando a capacidade de julgamento, precisando de ajuda constante da família. O quarto estágio é o mais grave, restringindo o idoso ao leito.
O psicólogo deve atuar na primeira fase da doença, ajudando o paciente a re-significar sua memória, a entender as mudanças que está enfrentando e o que está deixando-o confuso. Trabalhará também com a dificuldade de aceitação, o medo e a ansiedade gerada. As sessões devem ter uma boa frequência para que o paciente não se esqueça do profissional. Também é papel da psicoterapia estimular as habilidades cognitivas para conservá-las por mais tempo, e incentivar atividades que melhoram a qualidade de vida.
É necessário que o psicólogo observe a família e os cuidadores. As pessoas próximas ao paciente podem adoecer, por conta da falta de informação, excesso de tarefas ou falta de ajuda. Por isso, o psicólogo deve fazer com que a família também participe da terapia.
Um questão delicada para os parentes próximos, é a aceitação de que o Alzheimer não tem cura. O psicólogo deve trabalhar isso, dialogando sobre as alternativas para retardar o progresso da doença e as formas de melhorar a qualidade de vida da pessoa com Alzheimer.
Os espaços em que o doente vive e frequenta podem precisar de alterações, assim como a rotina. O médico recomendará alimentação específica, remédios, exercícios e cuidados com a higiene. É preciso orientar a família sobre se reorganizar nesse sentido, para que ninguém fique surpreso ou sobrecarregado gerando ansiedade ou estresse.
Essas dicas irão ajudar a qualidade de vida do paciente com Alzheimer, pois quanto mais preparados os familiares e os profissionais estiverem, mais amparado ele estará. O diálogo com os colegas de outras áreas também trará muitos benefícios. O psicólogo deve conversar com o médico, com os enfermeiros e as outras pessoas envolvidas no tratamento do paciente.
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