Quando pensamos em futuro nos vem em mente algo relacionado ao avanço da tecnologia e a robotização de muitas funções. Neste meio futurístico, como será a sobrevivência das profissões?
Não é a máquina que irá ocupar o lugar do homem do futuro e sim o homem que ocupará o lugar da máquina quando mecanizar suas ações. A humanidade ao utilizar de funções repetitivas e previsíveis assume a função da tecnologia. Então, para a profissão permanecer ou se criar ela deve se humanizar.
Algo grandioso, criativo, questionador, dotado de sabedoria, empatia, percebendo o outro em sua totalidade, de sentimentos, valores e emoções.
Pensando em tudo isso, é possível mecanizar a Psicologia?
Não.
Em todas as abordagens teóricas existentes de nossa área o que se entende como pressuposto raiz é a singularidade de cada um. Não podemos generalizar em nossa área, então dificilmente mecanizaremos nossa profissão. Precisamos de olhar empático, de escuta ativa e de coração acolhedor. Existe algo mais humanizado que isso?
Já somos o futuro.
Já estamos atuando no presente momento com toda esta grandeza do homem.
Agora, algo como um “bendito” vírus que atinge diretamente o corpo e adoece a humanidade e mata milhares de pessoas nos trouxe valor para a saúde mental. Este fato é inquestionável.
O isolamento, o medo, as perdas, o luto, os relacionamentos, empregos vem como uma grande queda de máscara social e comportamental que escondia as dores e ignorava as dificuldades. Nossa sociedade já estava mecanizada há muitos anos, olhar para dentro é tarefa difícil e muitos preferiam fingir que não acontecia. Muitos estavam adoecendo.
Um vírus. O mal invisível permitiu o despertar de muitos para olhar para dentro e se conhecer melhor.
Já é notório o crescimento de busca e atendimentos nos consultórios de psicologia. Este cenário atual veio como um grande passo para a nossa profissão.
A psicologia neste presente momento já é o futuro.