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CÉREBRO É POTÊNCIA

Cérebro é potência. A química da massa cinzenta dentro de nosso crânio cria tudo o que sentimos, vemos, pensamos. As portas da percepção da realidade, como definiu Aldous Huxley, são, na verdade, receptores de neurotransmissores nas membranas dos neurônios. Há milênios, buscamos expandir e explorar essas portas e, assim, experimentar estados alterados da consciência.

“Mesmo que você volte ao estado normal, experimentar estados alterados de consciência revela novas perspectivas da existência, o que pode se transformar numa vantagem adaptativa”, sugere o neurocientista Stevens Rehen. Substâncias psicoativas, como LSD e DMT (dimetiltriptamina), são capazes de abrir os portais mentais que nos levam a essa realidade em que a lógica do tempo é distorcida e os limites da individualidade se dissolvem. Mas, na real, não precisamos de nada além de nosso próprio cérebro para mexer com a consciência.

O biólogo e neurocientista Tiago Bortolini estuda a relação entre a ideia de fusão de identidade e as torcidas de futebol. “Em um jogo importante, os torcedores que se identificam muito com os clubes sentem que a torcida e o time são uma coisa só. É muito semelhante à sensação de pertencimento provocada por drogas como o LSD”, conta. “Algumas das emoções mais sublimes que vivi envolvem futebol. Me sinto muito viva, que sou parte de um todo. Eventualmente, consigo alcançar a mesma sensação de quando medito no momento em que o Corinthians marca um gol no último minuto de um jogo importante”, relata Milly Lacombe, jornalista e apaixonada pelo Timão desde os 6 anos.

Fonte: revistatrip.uol.com.br

 

 

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