Em seu consultório, um psicólogo se vê diante de pacientes que apresentam necessidades muito variadas. São comportamentos e sentimentos muitas vezes incompreendidos pelas pessoas próximas, a família ou o próprio paciente. O desafio do terapeuta é mostrar-se como uma pessoa confiável e capaz de ajudar na solução desses problemas. Para isso, o psicólogo deve usar da empatia, que é a capacidade de se colocar no lugar do outro sem preconceitos ou julgamentos de valores. Esta capacidade é essencial para o desempenho da função de psicólogo clínico!
O trabalho do psicólogo envolve, entre muitos outros pontos, mergulhar na mente humana para descobrir as possíveis origens de comportamentos, sentimentos, medos, fobias, manias, distúrbios, entre muitas outras características que seus pacientes apresentam.
Na maioria das vezes, essas características estão ligadas a problemas do passado, traumas, dores e outras experiências negativas que possam ter criado em sua mente barreiras que impedem que o paciente tenha uma boa qualidade de vida e saúde mental.
Para conseguir ajudar seu paciente a encontrar a raiz de seu problema e vencer seus próprios desafios, o psicólogo precisa, por alguns momentos, deixar de lado a si mesmo, suas crenças, valores e opiniões. É importante usar da empatia, colocando-se no lugar do outro, tentando pensar como o outro, para analisar cada caso.
O grande desafio, porém, é não envolver-se de maneira emocional com os casos mais marcantes que possam aparecer em seu consultório. Sentir exacerbadamente a dor do paciente pode interferir no atendimento, criando obstáculos para que o psicólogo consiga ajudar.
Achar a dose certa de envolvimento e proximidade é o grande desafio, que somente a experiência vai ensinar. O paciente precisa perceber no psicólogo a compreensão, a tolerância e até mesmo o carinho. A frieza nunca é o caminho!
É claro que psicólogo não deve agir como um amigo, mas um profissional que vai ajudar o paciente sem julgá-lo. Ele não pode se envolver como um amigo, que tudo aceita e cede o ombro para chorar, mas sim, como estudioso e aplicador de seus conhecimentos, fazendo isso de uma maneira delicada e sensível para que o paciente se sinta seguro e confiante.
Enfim, o psicólogo precisa saber dosar seu envolvimento para compreender o que o paciente sente, mas sem se misturar sentimentalmente com o caso.
Para realizar um bom atendimento, o psicólogo precisa, antes de tudo, ter inteligência emocional, que se trata de saber como lidar com suas emoções e as emoções das demais pessoas. A inteligência emocional vai ajudar o profissional a saber até que ponto pode permitir que algo lhe afete.
Ele precisa deixar seu julgamento de lado para entender o universo do paciente, como ele pensa, como enxerga a vida, como lida com cada situação-problema. Então, a partir dessa análise aplica técnicas de abordagem, relaciona sintomas e problemas, e encontra a forma de como tratar cada paciente.
Saber compreender o porquê de o outro agir como age é a dose ideal de empatia para o psicólogo, que precisa limitar o seu envolvimento com o paciente e sua realidade para que suas opiniões e sentimentos não atrapalhem sua visão profissional.
Embora o psicólogo seja um ser humano com emoções, em seu consultório ele precisa ver cada caso analiticamente, consciente de que a melhor forma de ajudar é observar e avaliar com cautela, mantendo uma visão neutra do caso para ter uma percepção mais ampla. Com isso, alcança melhores resultados e obtém sucesso nos tratamentos.
A questão da empatia não é o único desafio para um psicólogo. Leia também o nosso outro post para conhecer outros desafios que fazem parte do dia a dia dessa profissão e como vencê-los para seu um profissional mais eficiente, seguro e completo!