“Decifra-me ou te devoro”
Esta frase surgiu para mim bem no meio desta madrugada fria.
Meus “insights” são motivos para escrever, para falar comigo mesmo e para tentar me conhecer melhor.
Penso que também assim me seja possível ajudar alguém a compreender a vida e seus mistérios.
Não poderia ser mais própria a reflexão para este momento, um desafio urgente à compreensão pessoal, um mergulho consciente na inconsciência que habita em nós, uma viagem definitiva a um mundo novo que parece emergir.
Mas, como na mitologia, a esfinge de Tebas me trouxe perguntas mais complexas e pensamentos que certamente estiveram ocultos por muitos anos.
Até quando vamos admitir tanta voracidade e ganância, se o que temos de mais precioso é a imperiosa necessidade da sobrevivência?
Até quando vamos persistir em questões menores, em polarizações ideológicas vazias e em discussões banais, se a vida pode escorrer pelos dedos e se perder por um fio?
Ilhados em nós mesmos, isolados no mundo, somos apenas peças deste jogo sem glamour e sem vaidades, carentes e frágeis, passageiros à deriva em uma viagem que não tem hora para terminar.
O “vírus” que nos aprisiona é o mesmo que contém a solução, e talvez seja este o maior problema a ser resolvido, porque não há erros ou acertos quando imergimos com sincera e efetiva intenção de conhecermos a verdade.
A liberdade poderá estar à porta, se abrirmos as gavetas e fecharmos as mágoas, se olharmos o horizonte e deixarmos o retrovisor, se nos voltarmos para o outro e esquecermos o próprio umbigo.
Nada ficará sem respostas se o objetivo for conquistar a empatia e a tolerância que nos fazem mais dignos, e a fazer da vida não um enigma complexo, mas uma existência com leveza, com resiliência e com o profundo desejo de fazer o bem.
Claudio Motta
Advogado, Mediador, Consultor e Escritor