Estratégias de apaziguamento podem fortalecer laços afetivos - Ciclo CEAP
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Estratégias de apaziguamento podem fortalecer laços afetivos

Psicólogos apontam comportamentos que ajudam a resolver as diferenças entre casais

O início do namoro não é fácil. Muitas pessoas começam a se relacionar ainda assombradas pelo medo da rejeição, resquício de vivências dolorosas anteriores. Já outras não se sentem confortáveis em formar vínculos emocionais. Esses receios podem minar o relacionamento que está prestes a se construir. Superá-los, porém, pode ser mais fácil do que parece: basta um pouco de compreensão, afirmam os psicólogos Jeffry Simpson, da Universidade de Minnesota, e Nikola Overall, da Universidade de Auckland, na Nova Zelândia. Segundo os pesquisadores, pessoas mais condescendentes – em outras palavras, que mantêm uma postura mais flexível em relação aos próprios pensamentos e do outro – utilizam, sem perceber, estratégias de apaziguamento que criam uma dinâmica emocional mais construtiva e que fortalecem o laço afetivo, fenômeno que eles chamam de “amortecimento”.

Com base na teoria do apego (que fala, basicamente, como o suporte emocional recebido na infância se reflete nos relacionamentos adultos), os cientistas definiram dois tipos de dificuldades: insegurança no vínculo (necessidade de garantias de receber amor e apoio) e temor do vínculo (em que a pessoa precisa sentir que pode manter a autonomia e independência). Depois, filmaram casais enquanto discutiam hábitos que gostariam que o outro mudasse e avaliaram suas reações emocionais. Ao contrário do que muitos acreditavam, parceiros com inseguranças diferentes não se agrediam, mas apoiavam-se mutuamente durante um diálogo tenso. Quando um se tornava mais ansioso, o outro tentava apaziguar a situação ou evitava discussões que pudessem ferir, o que deixava a pessoa amada imediatamente mais tolerante e positiva. Além disso, esses casais tendiam a continuar juntos dois anos depois, como demonstrou um estudo de acompanhamento.

“O ‘amortecimento’ demonstra benefícios imediatos, amenizando medos e dificuldades. Embora ambos os tipos de insegurança desestabilizem, principalmente durante conflitos, é possível fortalecer a relação”, diz Nikola. Os resultados destacam o papel fundamental do parceiro complacente em proteger o relacionamento com o par inseguro. “Essa dificuldade emocional pode não ser nosso ideal romântico, mas não tem a ver com falta de amor ou precisa significar rompimento”, conclui Simpson. (Com informações do site da Association for Psychological Science).

Fonte: Mente e Cérebro

 

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