A Hipnoterapia Cognitiva é um processo terapêutico pelo qual o profissional utiliza-se da Hipnose Clínica (Hipnose Clássica) como ferramenta na Psicoterapia Cognitivo-Comportamental. A intervenção comportamental objetiva aliviar o paciente do sofrimento através de técnicas de relaxamento e respiração inerentes às técnicas de indução. A intervenção cognitiva visa, pelo menos, colocar em dúvida crenças limitantes. A Hipnoterapia Cognitiva apresenta ótimos resultados no esbatimento de sintomas da ansiedade, na ressignificação de memórias, no tratamento da depressão e no tratamento de fobias. Muito se tem prejudicado a imagem desta técnica terapêutica através da mídia ou de profissionais não habilitados. Os psicólogos são autorizados pelo Conselho Federal de Psicologia (CFP) a fazerem uso desta técnica pela resolução 13/2000.
A Hipnose Clínica é um processo totalmente consciente, no qual o paciente atinge estado de relaxamento profundo e extremamente prazeroso e, através de processo de Hipermnésia, o acesso às memórias de difícil acesso pela consciência é facilitado. As respostas de relaxamento e de ansiedade são incompatíveis; portanto, a intervenção promove o pareamento necessário para a nova aprendizagem.
O campo de atuação se estende no manejo da dor, da insônia, do estresse, da onicofagia (roer unhas), de zumbido intermitente, da fibromialgia, das disfunções sexuais de fundo emocional, dos tiques, da compulsão alimentar específica, da enurese noturna (urinar na cama), do medo de elevador, do medo de dirigir, do medo de voar de avião, do medo de altura, entre outros. Todas as pessoas podem ser suscetíveis ao processo e para isto é fundamental que haja permissividade do paciente e confiança no terapeuta. É importante saber que, em estado hipnótico, o paciente tem controle e discernimento sobre seus atos.
Texto: Benomy Silberfar