Pesquisadores têm encontrado um número cada vez maior de evidências que demonstram que um olfato ruim pode ter forte ligação com doenças degenerativas, como o Alzheimer. A pesquisa é resultado de um estudo que vem sendo realizado desde 2016 nos Estados Unidos.
Atualmente, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas vivem com Alzheimer ou algum tipo de demência no mundo, porém, apenas 25% foi diagnosticada formalmente. A nova pesquisa, que foi publicada na revista Anals of Neurology, demonstrou que não sentir alguns cheiros pode ser um sinal precoce de demência.
De acordo com o estudo, um olfato ruim, que leve as pessoas a apresentarem dificuldade em sentir alguns cheiros específicos, como menta, morango e limão, pode estar ligado a um maior risco de desenvolver Alzheimer durante a velhice.
Segundo o diretor da Clínica de Prevenção de Alzheimer do Centro Médico Presbiteriano Weill Cornell de Nova York, Richard Isaacson, quando o olfato de uma pessoa não consegue distinguir entre cheiros diferentes, pode ser um sinal precoce da formação da doença.https://s.dynad.net/stack/928W5r5IndTfocT3VdUV-AB8UVlc0JbnGWyFZsei5gU.html
Uma pesquisa semelhante, que foi publicada na revista da Sociedade Americana de Geriatria, acompanhou 3.000 idosos sem diagnóstico de problemas de cognição. Todos eles foram submetidos a um teste de cheiro para identificar os que estão mais ligados à demência na velhice.
Os pesquisadores descobriram que os participantes que não conseguiram identificar quatro dos cinco cheiros testados eram duas vezes mais propensos a ter demência em um período de cinco anos. Além disso, o déficit olfativo estava correlacionado com a gravidade da demência dos pacientes.
Os resultados demonstraram que 4,1% dos participantes da pesquisa desenvolveram demência dentro de cinco anos. Desse total, 47% havia apresentado disfunção olfativa durante a avaliação inicial. Além de Alzheimer, a perda de olfato foi um indicativo de outros tipos de demência, como Parkinson.
Segundo os pesquisadores, ainda são necessários mais testes para responder uma série de questões. A principal delas é estabelecer o que causa a relação entre a perda do olfato e os sintomas iniciais de demência. Porém, os exames de cheiro podem ser colocados como parte do diagnóstico de Alzheimer no futuro.
Fonte: https://olhardigital.com.br/