Criado por Jacob Levy Moreno, o Psicodrama utiliza o modelo dramático e procedimentos teatrais, visando à espontaneidade e criatividade. Flexível, dinâmico e criativo usa a mente e o corpo como um todo.
Moreno considerava as dramatizações como “Teatro da Verdade”, pois o reino das emoções, fantasias e realidades faz parte do que é realmente verdadeiro para cada indivíduo.
Além das cenas que tratam de acontecimentos verdadeiros na vida da pessoa, pode-se também representar as que jamais ocorreram, jamais ocorrerão ou jamais poderão ocorrer, cenas que representam esperança e questões psicológicas não resolvidas, vivenciadas como sendo muitas vezes mais reais do que os eventos cotidianos.
Por meio desse método vivenciado no “aqui agora” os estados inconscientes do indivíduo são revelados e vividos no encontro terapêutico.
A escolha do psicodrama como recurso terapêutico na instituição pública é feita quando há uma grande demanda, quando o índice de evasão é grande, principalmente dos adolescentes, e quando há dificuldade em obter material lúdico para os atendimentos.
Por ser um método de psicoterapia grupal, o psicodrama permite um atendimento imediato a um número maior de clientes contribuindo para o suprimento de grandes demandas. Por ser dinâmico motiva a frequência dos clientes às sessões, possibilitando mudança em curto e médio prazo.
Nas atividades psicodramáticas, os grupos são abertos e atendidos por uma dupla terapêutica, em unidade funcional que se aproxima do par parental.
As sessões são semanais, com duração média de 60 minutos, e nelas são utilizadas técnicas e jogos psicodramáticos, com adaptações eventualmente necessárias ao modelo clássico moreniano.
Em uma instituição pública, o psicodrama possibilita que pessoas de condições socioeconômicas mais baixas recebam atendimento eficiente e expressem, através das técnicas utilizadas, suas ideias, desejos, frustrações, ansiedades e angústias. Usando a ação física aliada à narrativa, os clientes têm oportunidade de vivenciar a situação e não apenas de falar sobre ela. Isto é muito produtivo, principalmente quando o paciente é uma criança ou adolescente, que ainda tem dificuldade de expressar verbalmente seus conflitos e dificuldades.