Mudar a linguagem para mudar nossa perspectiva envolve reconhecer o mapa linguístico que estamos utilizando e modificá-lo.
Milton Erickson desenvolveu, entre outras ferramentas, estratégias terapêuticas que tinham como base o uso da linguagem para mudar a mente.
Talvez porque sua abordagem terapêutica fosse difícil de replicar por outros psiquiatras, Milton H. Erickson é considerado um gênio criativo. Esse psiquiatra e psicólogo norte-americano foi um pioneiro nas terapias de hipnose até o ponto de conquistar o status de lenda.
Várias escolas de hipnose Ericksoniana surgiram em todo o mundo. A terapia breve, a terapia centrada na solução, a terapia estratégica e a terapia familiar sistêmica foram influenciadas pelo trabalho de Milton Erickson, inspirando também os criadores da terapia estratégica da PNL (Programação Neurolinguística).
O modelo recebeu o nome de Modelo Milton em homenagem a esse renomado terapeuta. Os criadores da PNL estudaram o sistema utilizado pelo Dr. Erickson e atualizaram suas estratégias.
Atualmente, esse modelo é utilizado eficazmente em âmbitos terapêuticos e não terapêuticos. É um exemplo do uso estratégico da linguagem para mudar a mente.
Os elementos característicos dessa abordagem são:
Apesar de muitas vezes não sermos conscientes disso, na nossa comunicação – tanto com outras pessoas quanto com nós mesmos – a linguagem que utilizamos configura um mapa. Um mapa que afeta a nossa imaginação, os nossos pensamentos e as nossas emoções.
Ao mesmo tempo, esse mapa linguístico constituiria nosso filtro da realidade. Assim, mudar a linguagem para mudar a mente inclui – entre outros elementos – reconhecer esse mapa e mudá-lo.
É através desse mapa que são expressados o ambiente, as crenças, a identidade, os valores e os comportamentos próprios e alheios. Além disso, com a linguagem temos um enorme poder de influenciar os outros e a nós mesmos. Podemos ter consciência do que falamos, mas não de como falamos.
Os padrões linguísticos que cada um de nós adota são, em muitos casos, herdados do meio. São adotados sem crítica e repetidos sem reflexões mais profundas.
No entanto, ter consciência dos termos e da maneira que temos de usá-los dá uma perspectiva diferente à relação que mantemos com nós mesmos e com os demais.
Há um tipo de linguagem, interna e externa, que diminui o poder. Há vários tipos, mas o exemplo mais claro pode ser observado em frases como “Minha mãe me dá nos nervos”. Esse tipo de linguagem não apenas tira poder, mas também o coloca nas mãos de outra pessoa.
Para mudar nossos padrões de linguagem, o primeiro passo é conhecer como o utilizamos. A mesma frase dita de outra maneira, como “Fico nervoso(a) com a minha mãe”, embora aparentemente seja a mesma coisa, muda absolutamente tudo.
Nesse caso, é a própria pessoa que tem o poder de mudar ou modificar um fato desagradável, e inclusive prejudicial.
A terapia hipnótica através da linguagem utilizada por Milton Erickson, ou a PNL, seriam algumas das vias para nos tornarmos conscientes de como mudar esses padrões linguísticos com o objetivo de melhorar consideravelmente a percepção e as atitudes em muitos aspectos da vida.
Tornar-nos conscientes de como esses padrões linguísticos afetam as emoções, tanto positivas quanto negativas, segundo o paradigma iniciado por Milton Erickson, seria o primeiro passo para mudar a mente.
Fonte: https://amenteemaravilhosa.com.br/