A articulação teórico-prática que o psicólogo, deve construir no hospital, é sempre um grande desafio para esse profissional. As vicissitudes encontradas diariamente em nossa prática nos levam a questionar a função do psicólogo no hospital. A clínica hospitalar nos mostra que, apesar da condição de doente que marca a identidade do paciente no hospital, a oferta da palavra produz efeitos sobre o sujeito que vão além daqueles que envolvem a doença orgânica instaurada em seu corpo.
No hospital, o saber da medicina é fundamental, o que confere ao médico um lugar assegurado de trabalho neste local. Já o psicólogo deverá marcar a relevância do seu trabalho no hospital, tendo em vista que a inclusão da clínica psicológica neste espaço é contingencial. Faz-se necessário destacar as demandas que são dirigidas ao psicólogo no contexto hospitalar para refletirmos sobre a forma como um profissional pode responder a essas demandas.
O psicólogo não deve perder de vista a sua posição ética, a orientação clínica voltada para o singular de cada um“. (Ronaldo Sales de Araujo, Dissertação de Mestrado, 2015).
Inúmeras são as possibilidades de atuação para o psicólogo que optar por psicologia hospitalar. Alguns exemplos são: Atuar em hospitais e clínicas médicas com acompanhamento de pacientes gravemente enfermos, doenças crônicas, orientar e apoiar os familiares dos pacientes, fazer avaliação psicológica para cirurgia bariátrica, atuar com a tanatologia, fazer atendimento emergencial em pronto atendimento, fazer acompanhamento obstétrico, acompanhar os cuidados paliativos, implantar e acompanhar os programas de humanização hospitalar, acompanhar o pré e pós operatório, dar apoio emocional para equipe médica e demais profissionais envolvidos. – Trecho do E-book: Profissão Psicólogo