Estar totalmente focado em uma única tarefa é algo quase inimaginável pra você?
De fato, com tantas informações e tecnologia, estamos condicionados a fazer pelo menos duas coisas ao mesmo tempo e “se tempo é dinheiro”, quanto mais produzirmos em tempo recorde melhor. A lógica é boa, a consequência nem tanto.
Temos uma fantástica capacidade de dividir nossa atenção, porém quando fazemos várias coisas ao mesmo tempo nosso foco é muito menor e superficial, como consequência disso temos um alto nível de estresse, além do prejuízo da memória e concentração, alertam os psicólogos.
Existem técnicas milenares de meditação que buscam equilíbrio, concentração e tranquilidade mental.
O mindfulness (“Mente aberta”) é uma técnica de meditação científica, por tanto sem cunho religioso ou místico, divulgada no ocidente por Jon Kabat-Zim, pesquisador da Universidade de Massachusetts, que visava redução de estresse.
O mindfulness propõe interação com os fatos e tarefas do cotidiano de forma mais consciente, aberta e compreensiva.
Trata-se de uma técnica baseada na aceitação de nossas experiências, afastando-se de uma postura julgadora e punitiva, que tem como objetivo possibilitar a criação de novas repostas a tais experiências de forma mais positiva e criativa.
Tendenciados a buscar apenas experiências positivas, criamos aversão a eventos negativos ou desagradáveis, criando mecanismos de evitação.
Porém não conseguimos nos livrar de todas as situações desagradáveis, quanto mais aversivas estas situações se tornam, maior é nosso estado de tensão e estresse e costumamos ter pensamentos que revisitam o passado ou se preocupam demais com o futuro, gerando angústia e ansiedade.
Lembrando-se das premissas da Terapia Cognitiva, de que pensamentos precedem emoções e que algumas crenças direcionam pensamentos negativos, que por sua vez podem gerar sofrimento; temos como objetivo reorganizar padrões disfuncionais de crenças e nos aproximar de pensamentos realistas.
Na Terapia Cognitiva a técnica de mindfulness, o psicólogo ajuda os pacientes a conscientemente focar em seus pensamentos e emoções sem julgamentos a priori, a fim de atentarem-se no aqui e agora e não desgastar-se “como deveria ser”.
Esta conscientização e clareza da experiência facilita a desvinculação de pensamentos negativos, além de propiciar relaxamento e redução do nível de estresse.
É uma meditação que pode parecer simples, mas requer dedicação e persistência, visto que os ganhos vêm com a prática diária.
Ela é definida por cinco principais parâmetros:
Existe mais de uma forma de se aplicar o mindfulness, o modo mais simples é a “Atenção Plena”, normalmente usada como âncora a respiração.
Antes de iniciar qualquer técnica de relaxamento é importante tomar alguns cuidados como:
A técnica meditativa de “Atenção Plena” que utiliza a respiração como âncora, se aplica da seguinte forma:
Inicialmente a meditação pode ser feita em apenas um minuto, e depois se pode aumentar gradativamente o tempo. A ideia é que haja bastante concentração em pouco tempo, até para não tornar-se cansativo.
*Os textos do site são informativos e não substituem atendimentos realizados por profissionais.
Autor: Thaiana Brotto (psicóloga e CEO do consultório Psicólogo e Terapia. Graduação em Psicologia pela PUC-PR em 2008. Pós-graduação em Terapia Comportamental pela USP. E pós-graduanda em Terapia Cognitiva Comportamental pelo ITC. Registrada no Conselho Regional de Psicologia pelo número CRP 106524/06.) Fonte: https://www.psicologoeterapia.com.br/