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Tratando traumas ocorridos na infância

Tratando traumas ocorridos na infância

Autores: Dra. Mayra Brancaglion e Igor Dutra

A maioria dos traumas ocorridos ao longo da vida, incluindo aqueles que acontecem na infância, podem ser tratados com psicoterapia adequada. Entretanto, alguns traumas podem gerar um adoecimento com sintomas mais graves e precisam também ser acompanhados por psiquiatras, sendo muitas vezes necessário o uso de psicofármacos, especialmente nos casos que configuram Transtorno de Estresse Pós-Traumático.

De forma geral, todas as pessoas que chegam à fase adulta têm marcadas em suas histórias situações, pessoas, pensamentos e sentimentos que surgiram durante a infância e provocaram desconcerto. Desconcerto no sentido daquilo que não se encaixa com o entendimento daquela criança de como o mundo funciona. Essas marcas terão um papel mais ou menos intenso nas dificuldades dessa pessoa em se organizar diante da realidade, a depender do tipo de suporte que teve ao longo dos anos para encaixar essas experiências em sua compreensão de mundo.

Através da psicoterapia se busca acolher as experiências da pessoa, mesmo aquelas mais doídas, mais espinhosas, para que possam ser compreendidas. Sem essa compreensão é impossível que haja uma integração dessa parte da própria história.

A integração daquela vivência na história de vida do sujeito permite o surgimento de algum sentido dela na forma de enxergar o mundo que aquela pessoa desenvolveu em sua vida. Esse processo por sua vez organiza os sentimentos, muitas vezes conflituosos, vivenciados no período da infância, quando a criança ainda não era capaz de lidar com eles, e possibilita a superação das dificuldades geradas pelos traumas infantis.

As formas mais comuns de psicoterapia proporcionam esse processo através da fala, experimentação e da reelaboração junto ao terapeuta. Uma forma de psicoterapia voltada especificamente para o tratamento e reprocessamento do trauma é o EMDR (Eye Movement Desensitization and Reprocessing), no qual a pessoa elabora os episódios traumáticos através de movimentos oculares bilaterais. 

Como já dissemos, não se trata de esquecer o trauma, de enfiar a cabeça na terra ou jogar a sujeira pra debaixo do tapete. Ignorar esse acontecimento é desrespeitoso com o sofrimento que causou e a luta constante da pessoa em seguir adiante apesar do trauma. Aprendendo sobre a situação, como ela se deu, como poderia ter sido evitada e como se proteger dela, a pessoa se fortalece e pode ter uma postura ativa diante de novos eventos que se encaminhem na mesma direção.

1 Comment

  1. Muito bom seu artigo Parabéns pelas informação

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