Treinamento da memória por estratégias, como associação de palavras em grupos, podem ser úteis para pessoas com dificuldade de memória, seja devido a uma doença, a uma lesão ou pela idade.
As estratégias de memorização podem promover mudanças no padrão de funcionamento dos neurônios e reabilitar a memória de forma eficaz. É o que sugere uma pesquisa de doutorado da Faculdade de Medicina da USP. “Após os treinos de memorização foram observadas diferenças não apenas na recordação dos itens propostos, mas na forma de atuar do cérebro”, diz Suzan Iaki, autora da tese.
As estratégias de memorização podem promover mudanças no padrão de funcionamento dos neurônios e reabilitar a memória de forma eficaz. É o que sugere uma pesquisa de doutorado da Faculdade de Medicina da USP. “Após os treinos de memorização foram observadas diferenças não apenas na recordação dos itens propostos, mas na forma de atuar do cérebro”, diz Suzan Iaki, autora da tese.
Na pesquisa, 15 voluntários foram convidados a memorizar uma lista de palavras e, em seguida, a dizer o máximo de itens dos quais se lembravam, isso enquanto eram examinados por ressonância magnética funcional. Esta seqüência se repetiu com cada participante por três vezes antes do treino e outras três vezes depois dele.
Este treinamento, de 30 minutos, consistiu em ensiná-los a aplicar a estratégia de organizar as palavras em categorias. Após o treino, os voluntários foram submetidos novamente aos testes de memorização, com novas listas de palavras. E o desempenho deles ao recordar palavras foi superior. Na análise da atividade do cérebro foi constatado um padrão diferente de ativação de seus neurônios.
A pesquisadora lembra que apenas os resultados estatisticamente significativos das comparações entre as seqüências antes e depois do treino mostraram uma modificação da rede neural mais ativada. “A diferença no padrão de ativação cerebral parece estar relacionada ao melhor desempenho”, constata Suzan.
Na primeira e na terceira seqüência, os resultados melhoraram após o treino. Foram evocadas mais palavras e os neurônios foram ativados em regiões diferentes do cérebro, comparando-se com antes dos treinos.
Texto publicado no site Agência USP de Notícias.