Tudo é amor, nos ensina Bert Hellinger ao trabalhar com as famílias.
Maria Rosset, nos lembra que a família é autossuficiente para resolver seus próprios problemas.
E Fritjof Capra nos orienta que na relação terapêutica devemos intervir o mínimo possível.
Amor, confiança e respeito são os três grandes pilares para uma ajuda eficaz. E como podemos ajudar o outro sem termos em nós estes três pilares?
Dependendo do nível da ajuda (de uma amizade até uma relação terapêutica) mais ainda estes pilares devem estar presentes, pois essa é a essência para que se encontre a solução.
Qual o resultado quando não observamos o amor, a confiança e o respeito em nós primeiro e em quem pretendemos ajudar?
A consequência direta é que damos o que não temos, ou seja, o que entregamos é falso, saímos enfraquecidos e no final damos aquilo que o outro não precisa.
Aqui, quando falamos de amor, estamos falando de vínculos. Se estamos cegos a eles, provavelmente, iremos projetar sobre o outro nossas queixas, dores e sofrimentos. O amor cego é egoico, pois não percebe o amor do outro por nós.
Se conseguirmos olhar com amor para os nossos vínculos ganhamos então habilidade para ajudar o outro a ver os deles também.
Restabelecido o amor podemos seguir para a confiança, que é a chave para acessar nossas próprias forças curativas. Quando fazemos isso, o outro sente segurança e permissão para fazer o mesmo. O maior ganho é ajustar o nível onde a ajuda efetivamente acontece, o nível de equilíbrio, para o dar e receber entre iguais. Reduzimos o risco de assumirmos um lugar que não nos pertence na relação de ajuda. Exemplo? Cuidar do outro como se fossemos melhor que seus pais.
Intervir o mínimo possível significa que estamos olhando para o amor oculto com confiança em si e no outro. Essa intervenção funciona como um ajuste de lentes.
Não troca a pessoa que vê e nem para onde ela olha, apenas ajusta o foco. Depois do foco ajustado a ação é de responsabilidade do outro.