Psicologia e RH: o que são técnicas vivenciais? - Ciclo CEAP
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Psicologia e RH: o que são técnicas vivenciais?

Para que as organizações consigam se manter competitivas no mercado atual, globalizado e altamente tecnológico, elas precisam otimizar tempo e dinheiro na contratação de bons profissionais e também no desenvolvimento dos funcionários que já fazem parte da empresa.

Para isso, devem contar com uma equipe de recursos humanos competente, que utilize métodos para identificar pessoas compatíveis com cada vaga disponível, além de conhecer técnicas de desenvolvimento pessoal e profissional. Neste artigo, falaremos sobre as que ficaram conhecidas como técnicas vivenciais em empresas ou simplesmente jogos vivenciais.

O que são técnicas vivenciais?

Esse conjunto de técnicas consiste em um processo de aprendizagem vivencial em grupo, onde são criadas diversas situações parecidas com aquelas que os participantes vivem ou irão viver durante a rotina de trabalho.

Durante as atividades em grupo, um problema é proposto e os participantes precisam resolvê-lo. As pessoas observam e são observadas com a intenção de refletir sobre a situação e procurar pela melhor solução.

O objetivo é fazer com que os participantes mudem de atitude, experimentem comportamentos mais adequados do que os usados atualmente, promovendo um desenvolvimento pessoal e também profissional, ajudando-os a criar uma cultura empreendedora e uma gestão mais participativa.

Como é realizada a aprendizagem vivencial?

O CAV (Ciclo de Aprendizagem Vivencial) é composto de cinco fases pelas quais os participantes devem passar para conseguirem utilizar plenamente seu potencial. O Ciclo estimula tanto o hemisfério direito do cérebro nas fases iniciais, que representa a criatividade, intuição e imaginação, quanto o hemisfério esquerdo nos momentos finais, que consistem nos conteúdos lógicos, racionais e objetivos.

A intenção é finalizar a experiência com os dois hemisférios harmonizados, gerando um comportamento final baseado no compromisso racional e emocional. Assim, as fases do processo são:

  1. A vivência em si, que consiste na atividade, jogo ou tarefa;
  2. O relato das emoções e sentimentos vivenciados durante a atividade;
  3. A avaliação do desempenho e o feedback das pessoas envolvidas na atividade;
  4. A fase da extrapolação, em que são realizadas generalizações, comparações com outras situações, avaliações de situações passadas e o insight onde é descoberto algo novo;
  5. Por fim, os participantes se comprometem a mudar de comportamento e tomar as atitudes necessárias para melhorar seu desempenho.

Como aplicar as técnicas vivenciais em empresas?

Dentre os diversos instrumentos de desenvolvimento usados na linha participativo-vivencial, os mais aplicados são os Jogos de Empresa. Utilizados pela primeira vez em 1950, nos Estados Unidos, para treinar executivos, mostraram ótimos resultados e logo passaram a ser aplicados também na Inglaterra e Alemanha. O instrumento chegou ao Brasil na década de 80 e foi adaptado à cultura e às necessidades do país.

A técnica tornou-se muito conhecida, pois os resultados obtidos apresentam inúmeras vantagens, entre as quais estão: alta compreensão de conceitos que antes eram abstratos, redução do tempo investido para realização do processo de aprendizagem sem diminuir a sua qualidade e o grande envolvimento e comprometimento dos participantes.

Além disso, os jogos fazem o resgate do lúdico e do potencial criativo dos participantes, reconhecendo suas habilidades e dificuldades individuais. Desta maneira, proporcionam melhores condições de desenvolvimento das habilidades técnicas, interpessoais e conceituais, gerando mudanças comportamentais que podem ser percebidas na mensuração de resultados.

Se você, profissional da área de psicologia, gostaria de aprender mais sobre a aplicação de técnicas vivenciais em empresas, vale a pena conferir alguns cursos para capacitação em RH.

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