Desafio que somente as mulheres podem decifrar. Mas, para elas, a maior dificuldade ainda está na hora de dar tchau para o filho e sair para trabalhar.A mulher contemporânea deixou de ser simplesmente a dona de casa e passou a exercer também papel de provedora. O psicólogo Leônio Tomaz fala sobre essa nova versão feminina: “O homem vê a casa como lugar de repouso e a mulher tem como uma espécie de segundo emprego e, às vezes, até mais temeroso. Ela passa o dia inteiro no trabalho e ainda vai cuidar de outros a fazeres, verificar se o filho comeu, cuidar da cozinha, entre tantas outras coisas. E a mulher começou a acumular funções, com isso chega a um nível de cansaço extremo”.
Leônio explica que ao realizar atividades fora de casa, a mulher cria um sentimento de culpa por não ter tempo integral para cuidar do filho, o que ele chama de “desafio da mulher mãe”, e comenta: “Parece que esse ponto de ser mãe é um ponto fundamental para a realização da mulher. Parece que a maternidade grita por socorro, pra que esse sonho seja realizado”.
Mas o perigo maior está quando essa culpa começa a interferir na qualidade educacional. Muitas mães, em nome dessa culpa, têm deixado de educar os seus filhos.
“Ela não se sente no direito de exercer autoridade de mãe e passa a realizar somente as vontades do filho. Pois tem pouco tempo para passar com a criança e não quer brigar, mas proporcionar apenas momentos de alegria. E aí, começa a ignorar algumas coisas errada e a abrir mão de corrigir o filho, porque já se sente culpada”, alertou.
As consequências da falta de limites são identificadas logo no início do período escolar e Leônio Tomaz aconselha mais cuidado, afinal o filhos se constroem adultos, observando os pais.
“Quando ela for ter contato com outras crianças e até professores na escola, vai ficar muito mais difícil para a criança. As mães super protetoras geram filhos inseguros e instáveis, porque está sempre protegendo de tudo e ao mesmo tempo, nunca está errado. Só que num certo ponto, a mãe protege tanto o filho que ele não aprende a se proteger”, explicou.
Leônio Tomaz informa às mães que essa culpa não é necessária e que é possível amar e corrigir. “Minha sugestão é que essa mulher confie e direcione esse amor. E que traga segurança ao lar que vive e não tenha medo de dizer não, porque ao contrário do que muitos pensam, o ‘não’ traz segurança”, orientou.
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A mullher e´muito importante porque é ela que cuida que trata que limpa e que da nossa educaçao