A ansiedade infantil é um problema cada vez mais comum. Os estímulos aos quais as crianças estão expostas são, geralmente, pouco controlados pelos adultos. Por outro lado, a exigência para muitas delas é grande, reduzindo e muito o tempo que têm para brincar livremente em troca de passar horas e horas em aulas particulares.
Por outro lado, pensemos que a forma como a ansiedade infantil é manifestada é diferente do modo como ocorre em adultos; daí a necessidade de estudá-la separadamente. Só assim poderemos identificá-la corretamente. Além disso, ao fazer dessa maneira, podemos encontrar as formas mais eficazes de intervir.
Assim, neste artigo, vamos analisar tanto os sintomas quanto os tratamentos mais comuns para a ansiedade infantil. Primeiro, é necessário analisar brevemente o que é exatamente a ansiedade.
Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA), a ansiedade é uma resposta de estresse extremo do corpo. Essa sensação é provocada por um estímulo percebido como ameaçador. Dependendo do problema específico da ansiedade, o desencadeador pode ser tanto externo quanto interno.
Por outro lado, destaca-se que a ansiedade pode se manifestar de muitas maneiras diferentes. Assim, geralmente falamos de diferentes transtornos psicológicos relacionados a este problema. No caso das crianças, os transtornos apresentados são semelhantes aos apresentados pelos adultos; o que não faz com que não possam aparecer algumas diferenças significativas.
Como no caso das pessoas mais velhas, as crianças podem manifestar problemas de ansiedade de diferentes maneiras. A seguir, veremos algumas das manifestações mais comuns de um transtorno de ansiedade na infância.
O mutismo seletivo é caracterizado pela ausência de fala em situações nas quais se esperaria que a criança falasse. Essa falta de fala também interfere na vida cotidiana da criança; por exemplo, dificultando suas relações em sala de aula ou a capacidade de fazer amigos.
O mutismo seletivo aparece nos casos em que a criança não tem um problema físico de fala. Pelo contrário, o silêncio não deixa de ser uma maneira utilizada para se proteger, embora, por outro lado, não deixe de causar desconforto emocional. Este transtorno pode começar a ser diagnosticado por volta dos cinco anos de idade, mas normalmente aparece mais tarde.
A maioria das crianças se sente mal quando tem que se separar de seus pais. Isso pode acontecer quando os adultos têm que se ausentar por um longo tempo, ou quando as crianças têm que ir à creche pela primeira vez. No entanto, no caso da ansiedadepor separação, os sintomas costumam ser muito mais sérios.
Quando ocorre a verdadeira ansiedade por separação, a criança realmente fica mal quando está separada da pessoa ausente. Esse desconforto pode ocorrer ao ir à escola, viajar ou em uma excursão, mas também pode ocorrer quando os adultos precisam se ausentar de casa mesmo por um curto período de tempo.
O problema é que essa ansiedade atua diretamente no sofrimento emocional da criança. Portanto, é necessário procurar ajuda profissional em caso de suspeita da existência de um quadro como o que descrevemos.
O último dos transtornos de ansiedade infantil mais comuns é a fobia social. Ele ocorre quando a criança é incapaz de se relacionar com os outros, embora quisesse fazê-lo, devido a uma timidez extrema. Além disso, ela normalmente evita agir de uma determinada maneira para evitar se expor às críticas das outras pessoas.
Mais uma vez, este tipo de ansiedade infantil dificultará o desenvolvimento da criança. Por isso, a seguir veremos quais são as intervenções utilizadas com mais frequência.
Abordagens como a terapia cognitivo-comportamental consideram que a ansiedade aparece e é mantida por uma série de crenças irracionais. Embora no caso das crianças sejam menos evidentes, os pensamentos geralmente também são considerados a causa do sofrimento psicológico.
Por isso, a maioria das tentativas de curar a ansiedade infantil passa pela mudança de crenças erradas. Assim, o principal trabalho do psicólogo é detectar os pensamentos limitantes e substituí-los por outros que ajudem a criança.
Ajudá-los a pensar melhor não é a única coisa que podemos fazer pelas crianças com um transtorno de ansiedade. Além disso, é necessário ajudar a criança a enfrentar pouco a pouco o que gera seu medo. Somente dessa maneira ela poderá normalizá-lo e superar seus medos.
Claro, esse processo pode ser bastante complexo. No entanto, as principais técnicas para tratar a ansiedade são essas duas. Os psicólogos infantis são especializados na aplicação da terapia em crianças, de tal forma que a sintomatologia ansiogênica, especialmente o desconforto, desapareça com a intervenção.